O presidente da CDL Santa Maria, Márcio Rabelo, participou de uma reunião representantes da Prefeitura Municipal, entidades empresariais e instituições de Ensino Superior, na tarde desta quarta-feira (22). O encontro foi no gabinete do vice-prefeito Rodrigo Décimo e teve como pauta a ampliação do número de voos no aeroporto local e a liberação para a operação de aeronaves de grande porte.

No início do mês de abril, Rabelo integrou uma comitiva santa-mariense que esteve em Brasilia com o objetivo de reativar os voos Santa Maria / São Paulo, porém com uma nova empresa: a Latam Airlines.

Apesar de uma ocupação que sempre girou entre 80% e 90%, o maior empecilho para voos direto a São Paulo, ou qualquer outro grande centro, é a limitação das pistas do aeroporto de Santa Maria que, de acordo com a Prefeitura, não são apropriadas para aeronaves de grande porte. O que hoje compõe a maior parte das frotas das empresas aéreas.

Com a situação ainda indefinida do Aeroporto Salgado Filho, em função das chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul no início do mês de maio, o aeroporto passou a operar voos diretos a São Paulo e Florianópolis, dando vazão à demanda estadual. Tal demanda, porém, não consegue ser devidamente atendida por conta dos voos serem feitos com aeronaves de pequeno porte.

Isso, somado a um estudo que aponta condições da pista em receber aeronaves maiores duas vezes por semana (desde que tomadas algumas medidas, como redução no número de passageiros, calibragem dos pneus e etc) motiva a Prefeitura e entidades a buscarem liberação, em instâncias superiores para que o aeroporto possa ter, em um curto prazo, mais operações deste porte.

"Santa Maria fica no centro do estado e surge como uma alternativa ao Salgado Filho, enquanto permanece indisponibilizado de operar. Os dados apontam que 85% dos vôos saídos daqui para Porto Alegre tinham como objetivo a conexão à capital paulista como destino final, portanto o entrave não é a falta de demanda. Temos um grande potencial de nos tornarmos um hub logístico para distribuição de cargas, temos altas demandas de passageiros buscando voos diretos para São Paulo e temos uma infraestrutura aeroportuária com equipamentos de qualidade e que proporciona segurança aos usuários. O momento é de unir as forças produtivas, entidades e instituições da região com as forças políticas locais, em todos os níveis, desde o municipal até o federal, num pacto em prol desse objetivo, que se tornou indispensável para fomentar o desenvolvimento da região", comenta o presidente Márcio Rabelo.

Hoje, pelo menos duas empresas já sinalizaram à Prefeitura que, tão logo haja a liberação, passarão a operar com aeronaves de grande porte em voos diretos para e a partir de Santa Maria.

O próximo passo, agora, é a redação de um documento, que será assinado por entidades empresariais, universidades e até prefeituras da região, e encaminhado aos órgãos cabíveis do governo federal.