Em reunião realizada na manhã dessa quarta-feira (15), com lojistas da segunda quadra da Bozano, intermediada pelas entidades representantes do varejo de Santa Maria, CDL SM e Sindilojas, o prefeito Jorge Pozzobom informou o fim da intervenção que dividiu opiniões de empresários e população, feita no local.

 A intervenção visava a execução do projeto de alargamento das calçadas no trecho com a retirada das vagas de estacionamento dos dois lados da via –  a exemplo da Floriano Peixoto, entre Venâncio Aires e Cel. Niederauer – e buscava testar a viabilidade de uma mudança definitiva no local.

Mudança exigida por lei

De acordo com o secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico, Ewerton Falk, o projeto de alargamento das calçadas da “segunda quadra” consta no Plano de Mobilidade Urbana de Santa Maria, licitado em 2012 e votado em audiências públicas ao longo de 2015 e que, por lei, precisa ser executado. “O objetivo dessa intervenção experimental era discutir o conceito. Nós pudemos perceber que entrou-se em uma discussão de a intervenção ser bonita ou feia. Mas nós a realizamos para testar o conceito. E todos concordam que o conceito serve. Então, termina a fase experimental muito mais rápido do que imaginávamos e agora a próxima etapa é como fazer uma obra definitiva”.

Testando em respeito ao dinheiro público

A decisão de testar o conceito antes de partir para uma obra definitiva, de acordo com o projeto, se deu, conforme o secretário, em respeito ao dinheiro público. “A ideia de uma obra definitiva para discutir o conceito, custando milhares de reais correndo o risco de não funcionar, foi superada. Agora, ela entra no cronograma de recuperação do centro. Que passa por Rio Branco, que está em obra, pela revitalização do Calçadão, e pela obra que deve ocorrer depois, na Praça Saldanha Marinho”, explica Falk.

Obra definitiva = Parceria Público-Privada

Uma alternativa encontrada pela atual administração municipal para driblar a escassez de recursos são as parcerias público-privadas. E com a “segunda quadra”, essa será a alternativa para a execução da obra definitiva. “Essa gestão está trabalhando muito essa questão do envolvimento do público e do privado de forma justa, correta e segura em lei. O Calçadão, por exemplo, é a grande novidade. Uma empresa que deveria entregar uma área ao município (em contrapartida a um empreendimento realizado) que está previsto em lei, se alterou a lei permitindo que essa área, que nós não precisamos, seja trocada por investimentos. Essa empresa, então, que tem esse dever com o município, vai pagar através da revitalização do Calçadão. Da mesma forma vamos estender para outras necessidades e a segunda quadra da Bozano não vai ser diferente. E o que me deixou muito alegre foi que os lojistas manifestaram que querem sim uma intervenção na Bozano, e que estão prontos para ajudar. O compromisso então, agora, é o poder público vai provocar agora um orçamento para uma alteração qualificada que será discutida com eles, tanto o projeto quanto o investimento que será da sociedade civil organizada”, conclui o secretario.

Texto: Guilherme Bicca

Fotos: Prefeitura Municipal de Santa Maria