Manifestação dá “basta” ao estado do Calçadão, e reclama da situação precária do centro e falta de programação natalina em Santa Maria
Dezenas de lojistas e seus colaboradores realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (12) contra a paralização das obras do Calçadão Salvador Isaia e também em repúdio ao estado em que se encontra o centro de Santa Maria. O protesto que teve “apitaço” e faixas com frases voltadas ao poder público municipal foi organizado pela CDL, Sindilojas, SHRBS, AHTURR e Espaço Contábil.
As 9h, a grande maioria das lojas do Calçadão Salvador Isaia mantiveram suas portas fechadas. Lojistas e comerciários então tomaram a frente dos estabelecimentos que sinalizavam seu apoio ao manifesto através de tecidos e balões pretos, além de cartazes e faixas. As entidades organizadoras distribuíram apitos e os manifestantes atravessaram o Calçadão fazendo muito barulho. Em frente ao Santa Maria Shopping, houve um minuto de silêncio. Luto pelo cartão postal que hoje encontra-se em uma situação indigna de seus áureos tempos.
“Estamos aqui manifestando toda a nossa insatisfação com o estado calamitoso que está o Calçadão. São cinco entidades empresariais que se somaram para dar voz aos lojistas que tanto estão sofrendo com os impactos negativos do descaso com o Calçadão. Não somente o Calçadão, como todo o centro de Santa Maria. Nosso centro está abandonado”, disse o presidente Marcio Rabelo durante a manifestação.
Outra pauta do protesto foi a falta de uma programação, bem como decoração natalina na cidade. O que segundo as entidades e os próprios lojistas, somado à situação precária do Calçadão e do centro, contribuiu para uma queda significativa na procura da população pelo centro da cidade nesta época do ano, em comparação com anos anteriores.
“O poder público não teve sensibilidade de criar uma programação natalina, embelezar nosso centro, com iluminação, com decoração, e uma programação que atraia a população e pessoas das outras cidades, contribuindo com a recuperação econômica nesse momento pós-pandemia”, completa Rabelo, sobre o Natal.
As entidades agora, a partir do movimento realizado na manhã desta quarta-feira (12) aguardam por resposta do executivo municipal e um posicionamento a respeito da continuidade das obras do Calçadão.
Texto e fotos: Guilherme Bicca