Por Guilherme Bicca

A notícia de que o novo reitor, prof. Dr. Luciano Schuch, tem a intenção de implementar novamente o vestibular e o Peies como método de seleção para o ingresso na UFSM, dada nessa quarta-feira por Deni Zolin, no Diário de Santa Maria, foi muito bem recebida pela diretoria da CDL Santa Maria e também lojistas e empresários da cidade.

Em suas últimas entrevistas à imprensa, sobre as obras do Calçadão, o presidente Marcio Rabelo fez reiteradas manifestações sobre as diferentes identidades que Santa Maria perdeu ao longo dos últimos anos. Dentre elas, o vestibular.

Realizado no início de todo ano, e pela última vez em 2016, o vestibular reunia, durante quatro dias, em Santa Maria, dezenas de milhares de estudantes que tinham o sonho de ingressar na UFSM, uma das universidades públicas mais prestigiadas do país.

Com grande parte desses estudantes vindos de fora, o vestibular então movimentava a cidade não só economicamente, mas também sob o ponto de vista cultural e anímico, em uma época do ano em que o coração do rio grande costumeiramente sofria de “pressão baixa”.

Lojas se preparavam, restaurantes faziam descontos para vestibulandos, imobiliárias criavam feirões. Afora isso, um sem número de festas e shows eram aguardados no término da última prova. Muitas vezes organizados por cursinhos pré-vestibular que criavam uma atmosfera digna de copa do mundo.

Com a adoção do SISU como único método de admissão à UFSM, cada setor sentiu de forma diferente. E Santa Maria, como um todo, perdeu. Mas 2022 já começou com perspectiva de recuperação dessa identidade, como sempre destaca o presidente Marcio Rabelo: “são tantos os impactos positivos que a volta do vestibular irá trazer para todos os setores produtivos e para a economia. Comércio, serviços, hospedagem, alimentação, lazer, cultura, entretenimento, turismo, educação. Afora isso, Santa Maria precisa de alegria. E o vestibular pode ajudar a recuperá-la. O novo reitor tem apoio total e irrestrito da CDL nessa empreitada e está de parabéns por sua fidelidade ao compromisso assumido em sua candidatura”, finaliza.

Ah... e para quem acha que nem o vestibular, nem a UFSM, tem a ver com o que perde, ganha, ou deixa de perder e ganhar os mais diversos setores da economia santa-mariense, deve saber que um dos propósitos do professor Mariano da Rocha em criar uma universidade pública aqui na “Boca do Monte” era justamente contribuir com o desenvolvimento local e regional. Era fazer com que a região central se desenvolvesse junto dela. A UFSM, portanto, nasceu como um vetor de desenvolvimento local, já na mente do seu fundador, comprometido com sua comunidade.

Imagem: Carol Lemos (UFSM)